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Este blog é uma pequena contribuição porque acredito que cabe aos homens novos valores, pensamentos e ações que possam contribuir para a formação de novas mentalidades, mais aptas a participar de uma política ambiental mais justa.

Uma visão de mundo global, na qual o homem não se separe da natureza e que, portanto, a questão ambiental não esteja separada das questões sociais mais amplas, que compreenda a questão ambiental como a interligação e interdependência entre os fenômenos sociais, físicos, econômicos, biológicos, culturais e políticos como bem explica a Geografia.

Uma visão que no lugar do “progresso” e do desenvolvimento a qualquer custo, busque a realização social da maioria, visando a melhor qualidade de vida para todos.

E, como apontado por Milton Santos, que no lugar do consumismo exacerbado, leve à cidadania, e ao invés de desenvolver o individualismo, estimule a vida solidária e coletiva entre os homens.

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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Chuva que atingiu serra fluminense é rara e deve demorar 500 anos para se repetir, mostra estudo


A chuva que castigou a região serrana fluminense há pouco mais de um mês e causou a morte de mais de 900 pessoas foi tão rara que pode levar cerca de 500 anos para ocorrer novamente. A conclusão faz parte de um estudo da Coordenação de Programas de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). O documento já foi encaminhado à Presidência da República e esta semana será entregue ao governo do Rio de Janeiro.



De acordo com o professor Paulo Canedo, especialista em hidrologia da Coppe e responsável pelo levantamento, os estragos observados na região foram consequência de uma combinação de fatores. Ele explicou que primeiro houve uma chuva não muito forte, mas de longa duração, que deixou o solo encharcado e instável. Em seguida, uma chuva frontal, decorrente de uma frente fria, incidiu sobre o Sudeste e particularmente sobre a serra, causando uma série de desastres. Ao mesmo tempo, uma chuva fortíssima atingia alguns pontos localizados, proveniente de uma formação de nuvens chamadas cúmulos-nimbos, que são de grande intensidade.



“É a famosa chuva de verão, quando ocorre aquela pancada. O problema é que ela dura no máximo dez, 15 minutos. Na serra, durou quatro horas e meia, o que é absolutamente singular. Ela se formou de maneira estupidamente forte, com nuvens de 14 quilômetros de altura. Conforme ela desabava, ia se formando outra. Foi como se tivessem caído 18 tempestades de verão seguidamente, com um enorme poder de destruição”, afirmou.



Segundo o especialista da Coppe/UFRJ, o fenômeno teve uma agravante: a formação de barragens naturais nos rios com o material – imenso volume de terra, enormes pedras, árvores, entre outros – que deslizou das encostas e foi arrastado pela tromba d’água. Segundo ele, essa barragem não aguentou o acúmulo da água proveniente da chuva “astronomicamente grande” e se rompeu.



“Quando isso acontece, cria-se uma enorme onda de choque com uma força avassaladora. Para se ter ideia, na 2ª Guerra Mundial, os países procuravam criar uma onda de choque desse tipo para destruir os inimigos. Eles dinamitavam barragens de concreto armado porque, com isso, a força da água destruía tudo o que estivesse pela frente”, acrescentou.



Paulo Canedo destacou que diante desse cenário não seria possível evitar uma tragédia na região. Ele defende, no entanto, que algumas medidas preventivas poderiam ter reduzido o número de vítimas.



“Contra um ataque cardíaco fulminante não se tem o que fazer, mas isso não quer dizer que não devamos ter uma vida saudável, porque serve para proteger contra pequenos desvios do coração. Na serra, era necessário haver uma política de ocupação adequada, projetos de mitigação de efeitos de cheias, por exemplo. Não evitaria a catástrofe, mas, em vez de morrerem mil, morreria a metade talvez”, enfatizou.

(Fonte: Thais Leitão/ Agência Brasil)

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