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Este blog é uma pequena contribuição porque acredito que cabe aos homens novos valores, pensamentos e ações que possam contribuir para a formação de novas mentalidades, mais aptas a participar de uma política ambiental mais justa.

Uma visão de mundo global, na qual o homem não se separe da natureza e que, portanto, a questão ambiental não esteja separada das questões sociais mais amplas, que compreenda a questão ambiental como a interligação e interdependência entre os fenômenos sociais, físicos, econômicos, biológicos, culturais e políticos como bem explica a Geografia.

Uma visão que no lugar do “progresso” e do desenvolvimento a qualquer custo, busque a realização social da maioria, visando a melhor qualidade de vida para todos.

E, como apontado por Milton Santos, que no lugar do consumismo exacerbado, leve à cidadania, e ao invés de desenvolver o individualismo, estimule a vida solidária e coletiva entre os homens.

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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Satélite estudará 1 bilhão de estrelas para formar mapa da Via Láctea

Um mapa tridimensional da Via Láctea começa a ser produzido por um dos objetos mais caros e avançados já lançados pelo ser humano ao espaço. Embora superlativos, os números não dão conta de dimensionar o verdadeiro tamanho da empreitada: 1 bilhão de estrelas investigadas, centenas de pesquisadores de diversos países envolvidos e 1 bilhão de euros (cerca de R$ 3,3 bilhões) investidos. 
Esses esforços financeiros e científicos foram necessários para a concretização da Gaia, missão da Agência Espacial Europeia que atingiu sua órbita em janeiro para revelar a, partir de agora, a composição, a formação e a evolução da nossa galáxia.
Além da quantidade de estrelas monitoradas, cerca de 1 bilhão, a missão se diferencia pela qualidade dessa observação. “Isto é, a precisão com que realizará medidas astrométricas, fotométricas e espectroscópicas. Os dados irão solucionar um problema fundamental de toda a astronomia, que é o conhecimento das distâncias dos astros de maneira confiável. Sem o conhecimento das distâncias, não podemos converter aquilo que observamos, aparente, em absoluto. Em resumo, o Gaia nos revelará o Universo em três dimensões”, descreve Ramachrisna Teixeira, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP).
Mesmo assim, talvez o tamanho do desafio ainda não esteja claro. Por isso, o professor explica: “Para se ter uma boa ideia, basta lembrar que atualmente conhecemos ‘bem’ a distância de aproximadamente 30 mil estrelas e passaremos a 150 milhões. Ou ainda, atualmente conhecemos ‘muito bem’ a posição de aproximadamente 700 estrelas e passaremos a 18 milhões”.
Assim, a maneira restrita como o ser humano vê o universo tem data para acabar. Os primeiros resultados do Gaia deverão aparecer por volta de 2017, e os resultados definitivos, em 2020. Equipado com dois telescópios, fotômetros azuis e vermelhos e espectrômetro de velocidade radial, o satélite não enviará imagens à Terra, e sim números que representam a intensidade de luz e as posições relativas das fontes, elucida Teixeira. “Com o nível de precisão do Gaia, muitas novidades em termos da origem, estrutura e evolução da Galáxia e das estrelas são esperadas”. Espera-se também a detecção de planetas extrassolares e asteroides ainda não contabilizados no Sistema Solar.​
Parceria internacional – Com o intuito de aproveitar ao máximo os dados coletados pela missão, equipes de pesquisadores de diversos países trocam informações e colaboram para o sucesso do censo estelar. Acompanhado por Ronaldo Eustáquio de Souza e Sandra dos Anjos, Teixeira é um dos três professores do IAG-USP a participar do projeto no Brasil. O grupo dos professores brasileiros, inserido na unidade de processamento de objetos do DPAC (Consórcio de Análise e Processamento de Dados), tem como objetivo o aproveitamento científico dos objetos extensos como galáxias e nebulosas planetárias, que serão detectados pelo satélite.
Teixeira co-orientou, em conjunto com Christine Ducourant (Observatório de Bordeaux), uma tese de doutorado no IAG sobre o tratamento e a análise de dados que podem ser obtidos com o Gaia. A pesquisa levou o aluno Alberto Krone Martins para Lisboa, onde desenvolve seu trabalho com cientistas europeus.
Para o professor, essa colaboração entre diferentes países em prol da ciência é um dos aspectos mais relevantes da missão. “Esses esforços, além de essenciais, representam uma das páginas mais belas da relação humana: a união entre nações, povos e culturas distintas em busca do conhecimento. É simplesmente fantástico”, encerra.
Órbita – Em janeiro, sem muito alarde, o satélite europeu chegou a sua órbita planejada, a 1,5 milhão de quilômetros da Terra (no sentido contrário ao do Sol). Mas o que o satélite orbita de fato? Na verdade, nada. É um dos chamados pontos de Lagrange (L2), ideias para a missão. Markus Landgraf, analista no centro de operações da ESA em Darmstadt, na Alemanha, explica: “São pontos onde as forças gravitacionais entre duas massas, como o Sol e a Terra, se somam para compensar pela força centrífuga do movimento da Terra ao redor do Sol, e proveem oportunidades vantajosas de observação para estudar o Sol e a nossa Galáxia”.
 (Fonte: Terra)

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